Faturamento do setor atacadista deve crescer até 10% em 2024

As empresas do setor atacadista devem crescer cerca de 8% a 10% em 2024. Até o quinto mês deste exercício, a atividade já apura alta de 5,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados são do Termômetro Abad NielsenIQ, apresentado nesta segunda-feira (17) durante a 43ª Convenção Nacional e Anual do Canal Indireto, que ocorre em Atibaia, interior de São Paulo.

O otimismo se deve ao tradicional aquecimento do setor na segunda metade do exercício, o que ocorre, segundo o diretor da NielsenIQ, Domenico Tremarolli, em função das festividades típicas de fim de ano, que alavancam os resultados do setor de atacado e distribuição. “A perspectiva de crescimento entre 8% e 10% ao longo do ano”, declarou.

Impulsionado por grandes empresas cujos negócios ultrapassam as cifras de R$ 100 milhões por mês, apenas em maio, o faturamento do setor cresceu 6,1% em relação ao mesmo mês de 2023. Na comparação com abril, o incremento foi ainda mais expressivo: 15%, o maior do ano na comparação mês a mês, segundo a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad).

Na comparação mensal, as grandes empresas do setor – que faturam mais de uma centena de milhões de reais por mês – obtiveram um crescimento de 34,5% no faturamento e contribuíram com 10,5 pontos percentuais na pesquisa. Já entre as empresas que faturam entre R$ 25 milhões e R$ 45 milhões mensais, a alta foi de 12,9%.

Essa lista inclui quatro empresas mineiras:

• Grupo Martins – faturamento de R$ 6,7 bilhões em 2023;
• Tambasa Atacadistas – R$ 5,8 bilhões;
• Decminas – R$ 2,896 bilhões;
• Vila Nova – R$ 2,878 bilhões;
  
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 O Termômetro Abad NielsenIQ mostra ainda que, em maio, na comparação ano a ano, o varejo nacional cresceu expressivamente em todos os canais de venda. Com alta geral de 14,9% no total, o segmento obteve alta de 8,2% em autosserviço, 22,8% em Casa & Construção (C&C), 14,3% em Farma e de 8,9% em E-commerce.

Empresas de outras categorias de receitas do setor, porém, faturaram menos no mês na comparação ano a ano. Empresas que faturam entre R$ 1,5 milhão até R$ 25 milhões e de R$ 45 milhões até R$ 100 milhões, registraram quedas de, respectivamente, 7,8% e 12,3% no faturamento em maio.